Todos nós aprendemos na escola que animais não realizam fotossíntese; só as plantas. Mas neste mundo louco em que vivemos, existem exceções para tudo. Por exemplo, as lesmas do mar. Elas são capazes de se aproveitar da luz solar tão bem quanto as plantas. Certas espécies vivem literalmente de luz, conforme foi descoberto em 2010, em um estudo publicado no Journal of Experimental Marine Biology and Ecology. As criaturas marinhas roubam cloroplastos das algas, usando-os para aproveitar a energia do sol. Também nadam de um modo que aumenta a quantidade de energia disponível, com algumas espécies sendo capazes de viver durante meses só de luz.
Fotossíntese animal
Existem cerca de 280 espécies de lesma do mar, um tipo de molusco. A maioria das lesmas “movidas à energia solar” é verde. Sua cor já dá a dica de como são capazes de aproveitar o poder do sol. Elas se alimentam de algas verdes, que, como as plantas, possuem estruturas verdes chamadas cloroplastos que captam a luz e a convertem em energia útil. Lesmas do mar são capazes de incorporar os cloroplastos que ingerem em seus próprios tecidos, retendo-os por mais de seis meses. “Lesmas marinhas nascem sem cloroplastos e tem que adquiri-los através do ‘roubo’ a partir de sua fonte de alimento, as algas”, explica o Dr. Bruno Jesus, do Centro de Oceanografia da Universidade de Lisboa, em Portugal. “O animal adquiri uma característica metabólica nova e pode fazer fotossíntese como uma planta”.
À medida que se alimentam de algas, as lesmas levam os cloroplastos às células do seu próprio sistema digestivo, onde eles fornecem energia e açúcares. É um truque bacana, mas o problema é que não deveria funcionar – assim como não funciona quando seres humanos comem algas. Cloroplastos não são módulos independentes, que podem ser facilmente separados da sua célula hospedeira e implantados em outra. Eles são os restos de bactérias uma vez independentes que formaram uma forte aliança com células de plantas antigas e algas, e acabaram perdendo sua autonomia e tornando-se parte integrante de seu parceiro. Ao fazer isso, eles transferiram a maioria dos seus próprios genes ao seu hospedeiro. Os cloroplastos têm um genoma pequeno e empobrecido, contendo apenas 10% dos genes necessários para uma existência livre.
Empurrá-los a uma célula animal deveria ser tão eficaz quanto a instalação de uma direção de carro em um avião – os dois simplesmente não devem ser compatíveis. A chave para a parceria da lesma com os cloroplastos é provavelmente o roubo de genes vitais das algas que permite que a lesma use o cloroplasto emprestado. Esses animais descobriram uma maneira de corrigir seu próprio genoma para torná-lo compatível com a fotossíntese (o gene roubado é chamado psbO e codifica a proteína MSP, importante para as reações químicas da fotossíntese e encontrada em todas as espécies que têm essa capacidade).
No entanto, isso é praticamente tudo o que os cientistas sabem. Seria o cloroplasto totalmente funcional dentro da célula animal, ou apenas parcialmente funcional? Alguns mistérios ainda permanecem.
Existem cerca de 280 espécies de lesma do mar, um tipo de molusco. A maioria das lesmas “movidas à energia solar” é verde. Sua cor já dá a dica de como são capazes de aproveitar o poder do sol. Elas se alimentam de algas verdes, que, como as plantas, possuem estruturas verdes chamadas cloroplastos que captam a luz e a convertem em energia útil. Lesmas do mar são capazes de incorporar os cloroplastos que ingerem em seus próprios tecidos, retendo-os por mais de seis meses. “Lesmas marinhas nascem sem cloroplastos e tem que adquiri-los através do ‘roubo’ a partir de sua fonte de alimento, as algas”, explica o Dr. Bruno Jesus, do Centro de Oceanografia da Universidade de Lisboa, em Portugal. “O animal adquiri uma característica metabólica nova e pode fazer fotossíntese como uma planta”.
À medida que se alimentam de algas, as lesmas levam os cloroplastos às células do seu próprio sistema digestivo, onde eles fornecem energia e açúcares. É um truque bacana, mas o problema é que não deveria funcionar – assim como não funciona quando seres humanos comem algas. Cloroplastos não são módulos independentes, que podem ser facilmente separados da sua célula hospedeira e implantados em outra. Eles são os restos de bactérias uma vez independentes que formaram uma forte aliança com células de plantas antigas e algas, e acabaram perdendo sua autonomia e tornando-se parte integrante de seu parceiro. Ao fazer isso, eles transferiram a maioria dos seus próprios genes ao seu hospedeiro. Os cloroplastos têm um genoma pequeno e empobrecido, contendo apenas 10% dos genes necessários para uma existência livre.
Empurrá-los a uma célula animal deveria ser tão eficaz quanto a instalação de uma direção de carro em um avião – os dois simplesmente não devem ser compatíveis. A chave para a parceria da lesma com os cloroplastos é provavelmente o roubo de genes vitais das algas que permite que a lesma use o cloroplasto emprestado. Esses animais descobriram uma maneira de corrigir seu próprio genoma para torná-lo compatível com a fotossíntese (o gene roubado é chamado psbO e codifica a proteína MSP, importante para as reações químicas da fotossíntese e encontrada em todas as espécies que têm essa capacidade).
No entanto, isso é praticamente tudo o que os cientistas sabem. Seria o cloroplasto totalmente funcional dentro da célula animal, ou apenas parcialmente funcional? Alguns mistérios ainda permanecem.
Metade animal, metade planta
Jesus e seus colegas estudaram lesmas do mar (Elysia timida) coletadas no mar Mediterrâneo e mantidas em aquários. Eles fizeram algumas descobertas surpreendentes. Algumas espécies de lesma do mar podem aproveitar a energia da luz melhor do que até mesmo as algas, organismos de quem roubaram seus cloroplastos. Os moluscos oceânicos fazem isso de duas maneiras. Em primeiro lugar, eles aumentam a quantidade de energia que os cloroplastos produzem através do aproveitamento de um mecanismo fisiológico chamado “ciclo de xantofila”, que envolve o uso de pigmentos para transferir elétrons. Plantas geralmente usam este processo químico para evitar danos causados pela luz excessiva.
Jesus e seus colegas estudaram lesmas do mar (Elysia timida) coletadas no mar Mediterrâneo e mantidas em aquários. Eles fizeram algumas descobertas surpreendentes. Algumas espécies de lesma do mar podem aproveitar a energia da luz melhor do que até mesmo as algas, organismos de quem roubaram seus cloroplastos. Os moluscos oceânicos fazem isso de duas maneiras. Em primeiro lugar, eles aumentam a quantidade de energia que os cloroplastos produzem através do aproveitamento de um mecanismo fisiológico chamado “ciclo de xantofila”, que envolve o uso de pigmentos para transferir elétrons. Plantas geralmente usam este processo químico para evitar danos causados pela luz excessiva.
Fonte: Dragon Conquistador
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